7 de agosto de 2015

É Pecado Consider-se Salvo ???

Você disse que eu afirmar que estou salvo é "um erro gravíssimo; um pecado mortal" e que "ninguém pode afirmar a certeza de sua salvação" pois "a Ele cabe o julgamento de acordo com Seu perfeito discernimento".

Bem, se a justificação fosse por obras, aí sim seria um erro. Como não é, Deus quer que o cristão tenha a certeza. "...para que saibais que tendes a vida eterna". 1 João 5:13 A salvação cristã não é por mérito, como no islamismo, mas um resultado da obra de Cristo, do "sangue de Jesus Cristo, seu Filho, (que) nos purifica de todo o pecado" 1 Jo 1:7, portanto uma vez consumada a obra de redenção, essa salvação está disponível ao que crê. Talvez você deva ler o que respondi a um muçulmano.

Talvez o equívoco esteja em pensar que no juízo final Deus decidirá, mas o problema é que não há salvação no juízo final. É um juízo para distribuição de penas, pois é um julgamento baseado nas obras. E se Deus se basear em nossas obras, quem se salvará? "O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras." Ap 20

Um cristão que não tem certeza de sua salvação, ou leva uma vida miserável, por perceber o quanto é falho, ou leva uma vida soberba, por achar que existe em si algo de bom que possa fazer para ser salvo. Caim ofereceu a Deus o fruto do seu trabalho, mas Abel ofereceu a Deus um cordeiro sacrificado. É do segundo que Deus se agradou. O cristão sabe que sua salvação depende do Cordeiro sacrificado, não das obras que são fruto de seu trabalho e de uma terra amaldiçoada por Deus.

>> Você escreveu: S. Tiago (2, 14 - 26): “... Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras; e não pela fé somente. Porque, assim como seu o espírito o corpo está morto, morta é a fé sem as obras".

Sim, o versículo que citou está correto. E tem mais: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?"

Só que se formos a Romanos 4 vamos encontrar o contrário:

"Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça".

Será que existe uma contradição na Bíblia? Eu sei que, segundo a doutrina católica, se existir qualquer contradição entre a Bíblia e a Doutrina da Igreja, fica valendo a última (ou seja, a doutrina se sobrepõe em autoridade à própria Palavra de Deus). Mas quando encontramos uma contradição dentro da própria Bíblia, será que não está querendo dizer em Romanos que o assunto é a justificação diante de Deus e não diante dos homens? "Porque se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus". Hmmm... parece que sim. E Tiago, o que diz?

"Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." Tg 2 Será que aqui não está falando do fruto visível da fé, que é a justificação perante homens (tu tens, eu tenho...)? Porque evidentemente Deus julga os corações e os homens julgam segundo podem ver. "mostra-me a tua fé... e eu te mostrarei...".

Postado por Mario Persona 

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23 de maio de 2015

CRISTO, O CENTRO Por Que Nos Reunimos Somente ao Seu Nome? Charles Stanley

Esta é uma pergunta feita com freqüência àqueles que se reúnem ao nome do Senhor Jesus. Muitos têm expressado o desejo de que fosse escrito um tratado claro sobre tão importante assunto e, por conseguinte, apresento afetuosamente as considerações abaixo a todos os amados filhos de Deus. A primeira razão de nos reunirmos somente ao Seu nome é: 

2 de fevereiro de 2015

A Oferta da Viúva Pobre - Lucas 21:1-4


Leitura: Lucas 21:1-4   -  Acesse o Vídeo: http://youtu.be/p8DPZXy8nC0

No capítulo 21 do Evangelho de Lucas “Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: ‘Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver’.” (Lc 21:1-4). A divisão de capítulos não existe nos originais, portanto devemos ler este episódio como uma sequência do capítulo 20. E que sequência é essa?

No capítulo 20 encontramos Jesus no templo ensinando e tendo sua autoridade questionada pelos líderes religiosos dos judeus. Então ele conta uma parábola expondo a avareza desses líderes que, à semelhança dos lavradores maus, não teriam escrúpulos em matar o próprio filho do senhor da vinha para ficar com a herança. Eles eram os“pastores de Israel” que apascentavam a si mesmos, comiam a gordura das ovelhas e se vestiam com sua lã, como são descritos em Ezequiel 34. O capítulo termina com o alerta para os discípulos terem cuidado com os “mestres da Lei” que “devoram as casas das viúvas” (Lc 20:47), ou seja, roubam seus bens.

E o que vemos agora no capítulo 21? Uma dessas viúvas espoliadas pelos mestres da Lei à qual restam apenas duas moedas que ela fielmente coloca na caixa das ofertas do Templo. Nos versículos seguintes Jesus anuncia a total destruição do Templo, e no capítulo 2 do Evangelho de João revela ser o seu corpo o verdadeiro Templo que seria derrubado na morte, porém levantado três dias depois na ressurreição. Apesar de a pobre mulher estar entregando seu dinheiro no lugar que Deus já havia rejeitado, Jesus não a repreende por isso, muito pelo contrário. Ele elogia sua fidelidade.

Assim é também com as pobres viúvas que hoje são enganadas por falsos pastores que se apascentam a si mesmos nos falsos templos da cristandade. À semelhança dos líderes judeus eles “serão punidos com maior rigor” (Lc 20:47), mas elas recompensadas por sua fidelidade. Foi para o Senhor que elas entregaram, e se esses pregadores ímpios tomaram para si essas ofertas, não roubaram delas, mas do Senhor. É a ele que irão prestar contas e, ainda que supliquem “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?”, o Senhor lhes dirá: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mt 7:22-23).